Universidade do
Estado da Bahia- UNEB
Departamento de Ciências
Humanas- DCH- Campus VI/ Caetité-Ba
Laboratório de Estudos do
Audiovisual e do Discurso-AUDISCUSO
Leanne de Jesus Castro
BORDWELL,
David. O cinema clássico hollywoodiano: normas e princípios
narrativos.
In: RAMOS, Fernão Pessoa. (Org.). Teoria Contemporânea do Cinema:
documentário
e narratividade ficcional. São Paulo: SENAC: São Paulo, 2005, p. 278-279. V II
“Podemos considerar a narrativa como distintos, ao menos provisoriamente três
aspectos da narrativa: representação, estrutura e ato. [...] é comum as
análises narrativas focalizarem um aspecto, mas deterem-se também sobre outros
quando necessário.” (p. 277) Grifo nosso
O” filme hollywoodiano clássico apresenta
indivíduos definidos [...] os personagens entram em conflito com outros [...] e
finaliza com uma vitória ou derrota decisivas.” (p. 278)
“Embora o cinema tem herdado muitas das
convenções da caracterização do teatro e da literatura, os tipos de personagens
do melodrama são compostos por motivos, traços e maneirismos únicos.” (p.279)
“[...] na verdade, os manuais de roteiro
hollywoodianos há muitos insistem em uma formula que é resgatada pela análise
estrutural mais recente. [...] as analogias entre personagens, cenários e
situações fazem-se certamente presentes, mas no plano denotativo qualquer
paralelismo é subordinado ao movimento de causa e efeito.” (p.279-280)
“ Geralmente o syuzhet clássico apresenta uma
estrutura causal dupla, duas linhas de enredo: uma que envolve o romance
heterossexual [...] e a outra que envolve uma outra esfera- trabalho, guerra,
missão etc.” (p.280) grifo nosso.
“[...] na época do cinema mudo, o filme
hollywoodiano típico continha entre 9 e 18 sequências, na do cinema sonoro,
entre 14 e 35. [...] as cenas na narração hollywoodiana são claramente
demarcadas por meio de critérios neoclássicos.” (p.281)
“[...] há duas maneiras de compreender o final
clássico. Podemos entendê-lo como o coroamento da estrutura, a conclusão lógica
de uma cadeia de eventos, [...] esse entendimento possui alguma validade, tendo
em vista a construção bem amarrada frequentemente encontrada nos filmes
hollywoodianos.” (p. 283)
“O final clássico pode ser problemático em
outro sentido, mesmo que dê solução às duas linhas causais principais, algumas
questões relativamente menores podem ainda ficar pendente. [...] pode-se
argumentar que na resolução do problema central são esquecidos os assuntos
menores.” (p. 284)
“Entre todos os modos narrativos, o clássico é
o mais preocupado em motivar posicionalmente o estilo em função dos padrões
adotados pelo syuzhet. [...] a medida
que os personagens interagem, a cena é
segmentada em imagens mais próximas de ação a reação, enquanto o cenário, a
iluminação, a música a composição e os moimentos da câmera ajudam a acentuar o
processo de formulação de objetivos.” (p. 291)
“o sistema clássico não é simplório[..] o nível
de compreensão do espectador é absolutamente controlado. A construção de
hipóteses prováveis, exclusiva e orientadas para o suspense é uma maneira de
ajustar a dramaturgia as exigências da situação de fruição.” (p.299)
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