Resumos Barthes por Andréia Munis Lisboa

 Universidade do Estado da Bahia- UNEB

Departamento de Ciências Humanas- DCH- Campus VI/ Caetité-Ba
Laboratório de Estudos do Audiovisual e do Discurso-AUDISCUSO

Bolsista - Andréia Muniz Lisboa

BARTHES, R. A mensagem fotográfica. In: BARTHES, R. O óbvio e o obtuso: ensaios
sobre fotografia, cinema, texto e músico. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1990. p. 27- 43. Disponível em: < https://pt.scribd.com/document/150190675/Roland-Barthes-a- Mensagem-Fotografica> Acesso em: 01/10/2017.

Resumo

O texto de Barthes intitulado “a mensagem fotográfica”,aborda a fotografia enquanto mensagem utilizando de conceitos semióticos (conotação, denotação, sentido e significado), por meio deles, analisa a forma de sentidos, as estruturas que são transmitidas na fotografia em relação com o leitor. Além estes aspectos intrísecos, há elementos ideológicos e códigos específicos que compõem a mensagem fotográfica.
Ao iniciar seu texto Barthes expõe algumas considerações que devem ser observadas na constituição de uma totalidade da mensagem. A primeira dela, é a fonte emissora, o canal de produção da mensagem, que pode ser a redação do jornal ou grupo de técnico que selecionam, compõem e modificam por meio de programas de edição, intitulam, constroem uma legenda e por fim comentam-na. Posterior ao processo de produção da mensagem fotográfica, temos o meio receptor, o público que lê o jornal. E por fim, o canal de transmissão, a empresa pela qual é responsável por transmitir a
informação ao receptor. De acordo com o autor, além das estruturas que compõe a fotografia, para sua composição, a linguagem, também é uma das formas de perceber a mensagem fotográfica.
Barthes ratifica ainda, sobre a fotografia da imprensa, considerando-a um objeto trabalhado, escolhido, composto, construído, tratado, segundo normas profissionais, estéticas ou ideológicas. Ela não é apenas escolhida, é recebida e também lida. Ainda nesta perspectiva, o autor elabora alguns dos principais planos de análise da conotação que serão discutidas nas próximas linhas discursivas deste resumo.
O primeiro delas, é a truncagem, a conotação por meio da montagem, onde é manipulada, recortada, selecionada e manipulada a imagem, que mudam o sentido. Um outro tipo de conotação é a pose, trata-se da pose do sujeito que prepara a leitura dos significados de conotação: juvenilidade, espiritualidade, pureza.Outra categoria, são os objetos que constituem excelentes elementos de significação. A fotogenia são os recursos como enquadramento, composição, iluminação. O esteticismo refere-se a cor, iluminação, textura que constroem imagens ou cenários.A fotografia torna-se verbalizada ao passo em que é percebida pelo canal de recepção. Para um olhar observador, questiona a própria existência da fotografia, discute como se dá o processo de produção e os elementos que interferiu, manipulou e retocou a fotografia antes dela ser exibida e transmita para o canal de transmissão.


BARTHES, R. A retórica da imagem. In: BARTHES, R. O óbvio e o obtuso: ensaios
sobre fotografia, cinema, texto e músico. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1990. p. 27- 43. Disponível em: < https://pt.scribd.com/document/230837884/Barthes-A-Retorica-
Da-Imagem> Acesso em: 30/09/2017.

Resumo

O texto de Barthes intitulado “a retórica da imagem” propõem uma análise estrutural da imagem publicitária, utilizando como exemplo um anúncio de massas Panzani com intuito de encontrar a formação de sentidos. De acordo com o autor (BARTHES, 1990, p. 28) a imagem produzida é intencional, tudo que é exibido tem carga teórica por parte do produtor, com propósito específico, mas que, é transmitida de forma leve, impactante e mais clara possível. [...] a significação da imagem, é certamente, intencional. São certos atributos do produto que formam a priori os significados da mensagem publicitária, e estes significados devem ser transmitidos tão claramente quanto possível; se a imagem contém signos, teremos certeza que, em publicidade, esses signos são plenos, formados com vistas a uma melhor leitura[...] Dessa forma, os atributos aderidos ao produto são bem selecionados, recortados minunciosamente a serem transmitidos de forma clara e precisa. A partir deste estudo, Barthes por meio de sua análise, desenvolve três tipos de mensagens, a linguística (verbal) que são; legendas, etiquetas e o código que expressa a língua, como vemos a seguir. “...a própria mensagem pode, ainda, decompor, pois o signo Panzani não se limita a informar o nome da firma, como também, por sua assonância, tem significado suplementar que é a “italianidade”, a mensagem linguística...” (BARTHES, 1990, p. 28). Vemos que o próprio título já remete à um lugar específico, não só pela sintaxe relacionada com a nomenclatura Panzani, e sim pela fonologia que distingue-a, de uma localidade geográfica específica.
Outra mensagem utilizada pelo autor em seu texto, se refere a mensagem conotada. A simbologia, presentes na imagem solidificam o tema principal que são as massas italianas, a sacola entreaberta com os legumes espalhados sobre a mesa caracterizando-os como alimentos frescos, de boa qualidade e caseiros, conforme a citação a seguir, “... As cores dos legumes combinação correspondente à Itália [...]a ideia é que se trata, na cena representada, de uma volta do mercado, esta significação contém
dois valores positivos: o bom estado, a frescura dos produtos e a refeição puramente caseira ao que se destinam...” (BARTHES, 1990, p. 28). Na imagem conotada encontra-se os aspectos simbólicos, à exemplo das massas Panzani, a cena conotada traz referência à volta das compras, a sacola entreaberta com os produtos diferenciando dos produtos embalados do supermercado, passando a ideia de legumes frescos recém comprados, enquanto a mensagem verbal remete a italianidade composta nas corres do anúncio.
A terceira mensagem explorada pelo autor, é a denotada, ela refere-se, a apresentação dos objetos reais da cena. A imagem de um tomate representando um signo que é o tomate, é a mensagem literal em oposição à mensagem conotada. Ao concluir sua análise o autor relata que na totalidade do sistema das imagens nas funções referidas as estruturas são polarizadas, quer seja simbólica ou sintagmática, geralmente possuídas de um discurso icônico que naturalizam os símbolos. Tendo em vista que, o sentido está dividido entre sistemas. As obras de comunicação por meio da dialética, reúnem distintas performances linguísticas, que ao chegar ao receptor, munido pela concepção de símbolos e cultura. Ao passo que visualiza o objeto, mesmo sem ter conhecimentos específicos e teóricos sobre a análise de imagem, consegue interagir em interpretar com a imagem, justamente por ela ao ser produzida, utilizou-se de elementos especificamente selecionados, visando um público específico, a lucratividade, e a materialização dos signos aos produtos posteriores.

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